terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O original. O de Sheffield.

O ano corria  triste. O inenarrável Wilson deixava apodrecer um país, por entre libações, cachimbadelas e declarações políticas que pendiam invariavelmente para a idiotia.
Valia-nos o Ronnie Scott's. Onde tudo se lavava. Até a alma.
Um desses dias, foi a tua voz  que saudou a nossa entrada. 
Junto com os teus Mad Dogs. 
Ecoava por aquelas paredes o inesquecível "Cry me a river".
Ainda não te tinhas transformado no xaroposo que fez suspirar todas as virgens (e não virgens) do planeta.
Que foi feito do Sheffield's barker?
Se calhar, envelhecemos todos. You finaly got your ticket to ride!

sábado, 20 de dezembro de 2014

Os economistas, os aviadores e a requisição civil.

O meu acrisolado amor pelo exercício da greve, só encontra equivalente no prazer que tenho em lamber sabão.
Tenho para mim, desde sempre, que se trata de uma auto-indulgência muito apropriada para gente rica.
Mas pronto, se o missal da república o consagra como "direito" fundamental, que fazer?
Os aviadores nativos mais todas as suas simpáticas colateralidades, resolveram chatear-se e chatearem os outros.
Uma terceira "chateação" resolveu intrometer-se. Uma coisa que nem sabia que ainda mantinha existência formal, deliberou requisitar civilmente a mole humana afligida de pirose. 
Um tal de governo. Que gargarejou ao respeito, abundantemente.
Via um ex vendedor de cervejas, um qualquer secretário de estado cuja graça ignoro em absoluto e um chefe que tinha viajado de avião (parece), para Bruxelas. Economistas, pois. Até ouvi um qualquer expelidor de comentários afirmar à fé de quem é, que a "coisa" poderia, no limite, ser assegurada pelas forças armadas.
Onde esta merda toda já chegou.
Não haveria por lá um obscuro jurista que lhes tivesse chamado, diligentemente a atenção, que para lançar mão de um instituto desta natureza, é necessário preencher um conjunto de requisitos prévios, dos quais fizeram tábua rasa?
Mera deliberação política que, qualquer analfabeto funcional, portador da antiga 4ª classe, fará explodir, conquanto saiba assinar.
Eu, se fosse aviador, estacionava mesmo o meu avião. 
Os passeantes que fossem a pé. Ou a nado.
E depois aguardaria, serenamente. Pela soldadesca. 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O páthos europeu.

Vai por aí o fim do mundo, à conta do preço do petróleo.
Há momentos, em Londres, o Brent cotava a 57.04$. 
E, dizem os oráculos destas coisas, até ao final do ano, poderá aproximar-se dos 40$.
Num repente, lembrei-me de Truman.
"Quem me dera encontrar um economista com um só braço. Talvez ganhasse um conselheiro que não começasse cada segunda frase com...mas, pensando melhor ou, por outro lado...".
O problema, já naquele então, eram os economistas.
Inutilidades que só têm paralelo nos diplomatas.
Imagine-se hoje.
As teorias da conspiração abundam. 
E cada uma delas mais hilariante que a anterior. 
Querem lixar o Putin, gargarejam uns quantos! Como se não lhe bastasse já a desgraça, prestes a bater-lhe à porta. Que não senhor, bolçam outros tantos. A ideia que subjaz à não redução da produção pela OPEP, é entalar as nalgas ao maduro do venezuelano que ouve os passarinhos e que dorme, com um dos olhos abertos, no mausoléu do camarada Hugo. 
Por fim, há aqueles que meteram na tola que o problema é geopolítico.
O Médio Oriente a promover uma vingançazinha contra a soldadesca ocidental que assentou arraiais na região. Quiça convencidos que mudarão o mundo.
Esquecem todos, à uma, um pequeno conceito assassino. 
A deflação. Coisa pouca, que ocorre quando, simultâneamente, há uma baixa de preços, uma quebra da actividade económica, uma oferta maior que a procura e uma não produção de papel-moeda.
Digam lá se a Europa não fica a matar nessa fotografia?
Até parece uma gaja boa.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Thu-chi che, Tenzin.

...e "dos" medidas. Ou, as que forem necessárias.
Leio, há pouco, por entre duas garfadas, que o cardeal argentino - ora arvorado em pastor de uma mole humana - não receberá (ou não recebeu), o Dalai Lama.
Não sei onde se encontraram, nem me interessa. 
Tratava-se, tão só, de uma notícia de pé-de-página.
Registo apenas um detalhe. 
Diz muitíssimo mais de Tenzin Gyatso (embora também tenha muito que se lhe diga), do que de Jorge qualquer coisa.
Nada como a po-rahng tsen tibetana.
Queriam mais espírito santos e pintices de sousa?
Esperem sentados.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Cartas de amor.

A Soror Mariana do séc. XXI, voltou à carga.
Não foi a partir de Beja. Seja.
Dá-se melhor com ares mais norte-alentejanos.
Gostos.
Registo igualmente e com agrado, que lhe deram Juvenal, a ler.
Ainda bem. 
Já a minha avó dizia que, o saber não ocupa lugar.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Zé das medalhas.

Espera se queres ver!
Ainda vou viver o suficiente para ser confrontado com uma "medalhação" cavaquística no próximo 10 de Junho. 
Ainda será presidente, ou é impressão minha?
E ao filho do falador de koncani?
Se fizerem dele primeiro ministro, é muito bem feito.
Porra, para o que havia de estar guardado!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A mim , também não há quem me cale.

Espero, ardentemente, uma carta do cidadão Pinto de Sousa, assegurando-me que, não existe.