domingo, 26 de setembro de 2010

O pesadelo de Sólon.

Não, meus caros amigos! Obrigado pelos vossos incentivos mas estou numa fase do meu percurso em que me sinto rigorosamente incapaz de olhar, sequer, para os títulos da imprensa. Da mesma forma que evito a qualquer preço - qualquer preço, mesmo! - ligar um aparelho de rádio ou de televisão. Não me apetece ouvir, acidentalmente, uma bolçadela vomitiva mal-cheirosa, saída dos entrefolhos cerebrais que vão restando, quer às ratazanas políticas, quer aos comentadeiros avençados e que têm o condão de, quase de imediato, me fazer mergulhar numa náusea profunda.
Porque e apenas presumo, já deverão ter iniciado as manobras de reposicionamento, não vá o diabo tecê-las e surgir-lhes pela frente um novo patrão. Via eleitoral ou outra via qualquer!
E é justamente esse tipo de "gelatina cervical" que me repugna profundamente.
E da qual fujo, à velocidade a que as pernas me autorizam. Mera tentativa de manter aquele mínimo de sanidade mental que me vai permitir bater em tudo quanto mexe, sempre e quando "vivamos" em democracia!...
Por isso mesmo, há meses que, propositadamente, desviei a minha atenção para a linha do horizonte. Aquela onde tudo acaba. Ou começa.
Hoje, por exemplo, entretive-me a ler isto.
No final, olhei a dança do fumo do cigarro e perguntei-me, no entre-sorrisos:
No dia em que alguém resolver mesmo, levantar o alçapão que tapa as misérias deste triste país, o que irá encontrar?
Se o "útero" da democracia se comporta assim, imagine-se, apenas, tudo o que ele expeliu!