Nos últimos meses tenho sido recorrentemente acossado, pela famosa locução/pergunta do poeta romano Juvenal.
"Quis custodiet ipsos custodes?"
Numa tradução livre, "quem vai guardar os guardas?"
Pelos vistos o assunto, já naquele antanho, era tomado muito a sério !
E, se vasculharmos bem, existe uma altíssima probabilidade de algum egípcio - mais atento a estas coisas do entre os homens - nado e criado 3000 anos antes de Juvenal, se ter debruçado sobre o desiderato !!
É inútil continuar a recuar no tempo. A pré e a proto-história não queriam saber de Estados organizados.
Fixemo-nos apenas nestes modestos 5000 anos.
Quem se der ao trabalho de rodar 360º - muito lentamente! - sobre o seu próprio eixo, só pode chegar a uma conclusão.
Hoje, ano da graça de 2009, o tal egípcio bem como Juvenal, teriam razões acrescidas para - agora com horror ! - reverterem à pergunta, muito provávelmente noutro registo.
O que raio andaram vocês a fazer durante estes longos 1.825.000 dias?
Este sim é o verdadeiro desperdício. Porque irrecuperável.
O resto, verão, regressará ao "business as usual". Com estes ou com outros protagonistas. Isso é absolutamente irrelevante.