sábado, 30 de maio de 2009

A alarve dec(ad)ência do regime

Já repararam como neste país o ar se torna, a cada dia, mais irrespirável?
Estou longe, muito longe. O que não me impede de ser fustigado pelos vapores dos miasmas que emanam de uma charca mal-cheirosa que, em tempos, se chamou Portugal.
Não me apetece pôr nomes nas pessoas. Acho que até esse direito perderam. Ou fui eu que perdi a vontade de o fazer.
A merda atingiu, de vez, as pás da ventoinha. E, nessas situações, não há retorno possível.
Uma passagem rápida pela imprensa a pela blogaria de serviço - aos dois lados! - apenas me acentua esta sensação de cada vez maior despertença a algo que, ao longo dos anos, fui tentando assumir como, "também" meu.
Primeiras páginas de jornais cuja edição impressa destaca A, sem a devida correspondência na edição on-line, onde se destaca B. Porquê? O quê ou quem se pretende resguardar?
Comentadores, opinadores e avatares avulsos que já não conseguem disfarçar a cada vez maior dificuldade em urdirem um texto com um módico de nexo. Hoje, isso é particularmente visível, em dois dos jornais de referência. Concedo que a responsabilidade não é integralmente deles. Os assuntos que, diáriamente lhes entram pelas redacções adentro, são a matéria prima sobre a qual têm de trabalhar. E os factos políticos são o que são.
Pelo que, tem de ser a imaginação a fazer o trabalho. E, quantas vezes, à conta disso nos "foge o pé para o chinelo"!
Na blogaria, a situação é equivalente. A crispação - dos contra e dos a favor - que se sente, é doentia. A dos que sabem poder ascender, ainda, a uma qualquer prebenda e a dos que sabem que as vão perder, sem apelo nem agravo!
Tudo isto junto, amalgamou algo de informe. De pastoso. De perigosamente escorregadio.
E o que é mais preocupante, é que a procissão ainda não saiu do adro!
Recuso-me a imaginar ( por enquanto ) o que acontecerá, quando se souber toda a verdade. Se algum dia isso vier a acontecer. E a não acontecer não será, certamente, por falta de coragem de quem o pode e deve fazer. Será, muito singelamente, porque os acontecimentos se precipitaram.
E quando assim é...
Não foi seguramente por intercessão divina que os romanos concluiram que...aquele povinho lá na ponta do continente... "nem se sabe governar nem se deixa governar".
Será na cama que fizermos, que nos deitaremos...