"A crise actual nasce de um défice de ética nas estruturas económicas"
Quem disse isto?
Pois. Foi Ratzinger na terceira missiva , que entendeu por bem expedir ao seu rebanho.
Dispunha-me a lê-la, tranquilamente.
Muita globalização, muita ética, muita regulação, muita economia, muito mundo do trabalho, muito "novas regras"....para tudo e para todos.
Por aquele então já tinha estranhado duas coisas. Por um lado o discreto branqueamento do papel da igreja em tudo o que, hoje, está a ter lugar por esse mundo fora. Não é a primeira vez que o Vaticano o faz mas...não deixa de se estranhar!
Por outro lado, não vislumbei a mais ténue tentativa de recentrar o debate no Homem.
Quando cheguei à frase com que abro este escrevinhanço, não pude deixar de dar um salto na cadeira!
E parar definitivamente a leitura.
Remato assim. É incontestável que há um défice de ética nas estruturas económicas.
É verdade que muita gente contribuiu para esse défice.
Até aqueles que, discretamente, tentam passar por entre as gotas da chuva!
Porque naquele momento, o que me veio à cabeça, foi o comportamento do Vaticano nos "desditosos" acontecimentos dos anos 80, que envolveram o IOR e o Banco Ambrosiano.
O suficiente para, sobre ética, ficarmos conversados.