quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O estertor final.

Braga de Macedo, sempre ele, vem citar um obscuro economista (economista-chefe do FMI), coisa que tem o imediato condão de o fascinar para, "escondendo-se" atrás do que ele disse, propor um corte substancial nos salários.
Qual é a dúvida em fazê-lo claramente?

Há outra solução para o país?
O diagnóstico está feito e refeito.
E a terapia tem de ser "esmagadora". Ou é feito um ataque frontal, maciço, doloroso e sem receios, ou não haverá mais país nos próximos 5 anos.

As coisas tornaram-se demasiado evidentes para serem ignoradas.

Teixeira dos Santos não sabe o que dizer. Fica-se pelas banalidades confrangedoras. Constâncio quer fugir para Frankfurt a qualquer custo. Faça boa viagem! Pinto de Sousa já não existe - se é que alguma vez existiu! Os partidos políticos estão transformados em albergues espanhóis, mais preocupados com a sua própria sobrevivência do que com a sobrevivência do país.

É hora de ignorar, olímpicamente, Bruxelas e todos os rafeiros que ladram em seu nome. São países que estão em causa. São identidades que estão em causa. Não se trata de folclores avulsos, como aquele a que se dedicou a classe política, na passada sexta-feira.
Coisa que é, aliás, típica, de fases como aquela que estamos a atravessar.
À falta de ideias ou de vontade política para atacar o que é nuclear, agitam-se as colateralidades para desviar as atenções.
Questão de mera rentabilidade política.
Como sempre, terão de ser outros a assumir o odioso de limpar a merda que os partidos - todos eles - foram acumulando pelo caminho, ao longo de anos.
Só espero que não levem muito mais tempo a aparecer.
Portugal não vai resistir.
Assim, de simples.
Ou de complicado...