sábado, 6 de fevereiro de 2010

Isso, isso, não hesitem!


Nem mesmo diante da degradação completa de um país, somos capazes de nos libertar daquele atavismo que se nos colou à pele. O sebastianismo bacoco e pegajoso.
Não "linko" para imprensa nenhuma porque já não há pachorra. Torna-se nauseante. São sempre os mesmos a suspirar pelos mesmos.
Quando a solução que resta é propor o "desenterramento" de Rebelo de Sousa, estamos conversados.
O PPD não é nada. Nunca foi nada. Foi, em dois momentos da sua história, um edifício mal atamancado em torno de figuras que cultivavam um espírito centrípeto. Sá Carneiro e Cavaco Silva. Por isso mesmo, este último se sente tão desconfortável no papel de "jarrão do regime". Definiam objectivos claros - fossem eles discutíveis ou não - e percorriam o caminho sem concessões, sem compromissos, sem conspirações, esmagando impiedosamente quem se lhes atravessava no caminho. Tudo o que existiu entre eles e depois de Cavaco, foram apenas sacos de ar cujo único activo que carregavam no bolso era, empáfia analfabeta.
E, ao que se vê, já está outro na calha! Andou por lá muitos anos mas, aparentemente, não lhe valeram de nada. Naquelas idades, o principal é saber olhar. Aprender a separar o trigo do joio. Não foi capaz. O joio apropriou-se dele e tem um nome. Ângelo Correia. A repelência em figura de gente. Os restantes, que gravitam à sua volta, não têm a menor importância. São apenas figurinhas de uma peça macabra.
Rebelo de Sousa é das criaturas que, politicamente, mais a jeito se põe para ser "metido no bolso". Com uma facilidade estonteante. Porque é previsível e acima de tudo porque comete - em política - o erro capital. Subestimar a inteligência alheia. A tentação que Salazar sempre evitou, com uma mestria inultrapassável. Em política, como na vida, só se consegue surpreender quando se é imprevisível.
Qualquer outro partido, mesmo que moribundo, percebe e agradece isso.
É o melhor que lhes pode acontecer.
Força, que o que resta de país aguenta tudo!