domingo, 4 de abril de 2010

Demasiadas perguntas para nenhuma resposta.


É exactamente em momentos como este que bendigo a distância higiénica que, desde muito cedo, mantenho com tudo o que se relaciona com a igreja católica.
Aqui está algo que reune todos os condimentos para me vir a prender a atenção.
Como lidar politicamente com esta situação? E quem o vai fazer?
Como lidar jurídicamente com esta situação? E quem o vai fazer?
Acima de tudo, como preparar quase 20% da população mundial para o "desapontamento" previsível?

Se juntarmos as afirmações proferidas pelo exorcista-chefe do Vaticano, Padre Gabriele Amorth à pérola produzida pelo Cardeal Saraiva Martins - "a roupa suja das famílias, lava-se dentro de casa!", estamos muito perto de ter o "caldo entornado".
A desorientação da igreja, quase se pode "cortar à faca"!
Instituições desta natureza tendem, em momentos como este, a fechar-se sobre si próprias. Está no seu código genético. É o instinto de defesa colectivo.

Não me interessam os homens. Hoje estão lá estes, amanhã estarão outros.
Apenas me vai interessar a "actuação" do colectivo. Como vão accionar a hierarquia? Como vão evitar que o "bicho" corroa essa mesma hierarquia até aos alicerces?
Aqui, a filosofia não serve de nada. Há factos concretos a clamarem por respostas  concretas. Duas "pequenas circunstâncias", das quais a igreja foge como o "diabo da cruz". De há 2000 anos para cá.

O primeiro tiro, foi dado sexta-feira por Frei Cantalamessa.
E não prenuncia nada de bom.
Se, no final das contas, tudo se mantiver na paz do Senhor, deixo apenas uma pergunta.
O que impedirá todos os países do mundo católico, de fazer um auto de fé com os seus próprios Códigos Penais?