sábado, 20 de dezembro de 2014

Os economistas, os aviadores e a requisição civil.

O meu acrisolado amor pelo exercício da greve, só encontra equivalente no prazer que tenho em lamber sabão.
Tenho para mim, desde sempre, que se trata de uma auto-indulgência muito apropriada para gente rica.
Mas pronto, se o missal da república o consagra como "direito" fundamental, que fazer?
Os aviadores nativos mais todas as suas simpáticas colateralidades, resolveram chatear-se e chatearem os outros.
Uma terceira "chateação" resolveu intrometer-se. Uma coisa que nem sabia que ainda mantinha existência formal, deliberou requisitar civilmente a mole humana afligida de pirose. 
Um tal de governo. Que gargarejou ao respeito, abundantemente.
Via um ex vendedor de cervejas, um qualquer secretário de estado cuja graça ignoro em absoluto e um chefe que tinha viajado de avião (parece), para Bruxelas. Economistas, pois. Até ouvi um qualquer expelidor de comentários afirmar à fé de quem é, que a "coisa" poderia, no limite, ser assegurada pelas forças armadas.
Onde esta merda toda já chegou.
Não haveria por lá um obscuro jurista que lhes tivesse chamado, diligentemente a atenção, que para lançar mão de um instituto desta natureza, é necessário preencher um conjunto de requisitos prévios, dos quais fizeram tábua rasa?
Mera deliberação política que, qualquer analfabeto funcional, portador da antiga 4ª classe, fará explodir, conquanto saiba assinar.
Eu, se fosse aviador, estacionava mesmo o meu avião. 
Os passeantes que fossem a pé. Ou a nado.
E depois aguardaria, serenamente. Pela soldadesca.