quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Luz e sombras.

Esta coisa tem sede em Barcelona. 
Comanda todos os sindicatos de estivadores, existentes e por existir. 
Tivera uma direcção esclarecida, livre, independente, capaz de pensar pela sua própria cabeça, e seriam os únicos (repito, os únicos) capazes de pôr o planeta de joelhos. Por razões óbvias e que me dispenso de elaborar. Lamentavelmente, quem está de joelhos são eles. Num ombro carregam os políticos de turno, no outro, os armadores. E cada um dos "carregadores" com um pornográfico saco de dinheiro às costas.
Leio por aí que os estivadores nativos estão em greve. Que será inconsequente como todas as outras que já levaram a efeito. 
Por manifesta falta de pachorra e para não me repetir, recupero um escrito que deixei por aí, faz agora 6 anos.
"Era tão fácil.
Bastava esta rapaziada entender-se.
Apertar a tenaz, de Sines a Hamburgo, de um lado. Portos mediterrânicos, do outro.
E por tempo indeterminado.
Toda a repelente classe política europeia estaria posta em sentido, em menos tempo do que aquele que levaríamos a esfregar um olho.
A greve é um direito constitucionalmente consagrado? Infelizmente, é.
Não correndo o risco de actuarem à margem da lei, interiorizem um conceito básico.
Quem tem o poder, usa-o.
Se o não fizerem, não fiquem espantados de ver terceiros usá-lo, contra vocês próprios.
Recusem-se a deitar as mãos à obra. Todos, em todo o continente.
E talvez, apenas talvez, a Europa renasça."
Meia dúzia de anos depois, o sonho já estilhaçou.
E os responsáveis do IDC, estão seis anos mais ricos.
Porca miséria!