domingo, 16 de setembro de 2018

Come um calulu de peixe com funge, que isso passa.

Retome-se então e a bom ritmo, a permanente genuflexão que, na prática, nunca foi suspensa. Mesmo tendo em conta a recente birra presidencial. Ou especialmente por causa dela.
Costa será recebido apenas e quando a eles lhes der na real gana.
Por isso vai dedicar-se ao passeio durante o primeiro dia. Que inclui, por entre outras bagatelas menores, flananço na baía em vaso de guerra tuga, em boa hora expedido para o lugar. Um qualquer feriado local, adiantam, para tentar justificar a sempiterna descortesia. E que os sucessivos governos portugueses tanto apreciam.
Metam-lhe uma bóia (daquelas com cabeça de pato à frente), que o gajo não sabe nadar e a água tem tubarão.
Leio por aí que angola deve cerca de 500 milhões de dólares a "empresas" cá do sítio. E que os valores estão em discussão e que bla, bla, bla, (a conversa do costume).
Mas, tratando-se de África, a coisa tem de ser olhada "à maneira" africana. Esses valores (dos quais duvido e muito) eram do tempo do Zédu e do ajuntamento de galinhas poedeiras que constituíam a sua adjacência. Tudo isso acabou e foi substituído por um igual ajuntamento, cheio de caras novas, sedentas de poder e que ninguém conhece. No fundo eles fazem rigorosamente a mesma coisa que nós, ou os franceses, ou os inuit, até. A única diferença está no alarido com que o fazem. Estes nunca tentam disfarçar. Os negócios que vêm de um grupo anterior, nunca transitam para o novo cenário.
Apenas por uma questão de princípio geral.
Quem for apanhado de permeio, temos pena. É a menor das preocupações deles.
Para não serem totalmente mauzinhos, deverão propor algo de parecido com pagamento através de emissão de obrigações do tesouro, ou coisa que o valha. Verão.
Eu (e dou-vos esta sugestão de borla), se tivesse a pouca sorte de ter de estar naquela distintíssima fila, exigiria que, junto com as papeletas emitidas pela casa da moeda local, lhes fosse agregada uma prova insofismável de tomada firme por parte de um banco de primeira linha europeu, ou americano, e resgatável num prazo máximo de dez minutos. Isto, partindo de um, quiçá, ingénuo princípio, de que ainda existem bancos de primeira linha.
A não ser assim, tornar-se-ão os felizes proprietários de um atraente conjunto decorativo (há, por aí, títulos de tesouro de proveniências várias, com um belíssimo design) que comporá muito o visual dos vossos confortáveis gabinetes. Falavamos de quê?
Ah, da visita do indiano na diáspora a luanda.
Pois.