quinta-feira, 16 de abril de 2009

A interminável TAP

Mais 280M€ inscritos a vermelho no balanço desta coisa.
Já alguém se deu ao trabalho de somar as "quantidades pornográficas" de dinheiros públicos que foram sugados por esta pérola, desde 1974?
Em nome de quê? Porque misteriosa razão, um país de merda como este, faz tanta gala em ter uma companhia de bandeira?
Eu devo ser dos poucos nativos que, há muito, defende a tese de que a TAP deixou de fazer sentido, no dia 26 de Abril de '74. E, até aí, só o tinha, porque explorava em regime de exclusividade a chamada "Rota do Império".
O voo Lisboa-Luanda-Lourenço Marques.
Todas as outras rotas voadas pela companhia, já então eram deficitárias.
Depois disso o pagode instalou-se. Ele era Los Angeles, ele era Bangkok, ele era Macau que, óbviamente, ao fim de um ano estavam encerradas. Serviram apenas para andar a passear as tripulações.
Podem alegar custos de combustíveis, retracções de procura ou qualquer outro esoterismo económico-financeiro. Até podem ensaiar fugas para a frente, como a recente confirmação de compra, de mais uma dúzia de aviões.
Nada disso esconde a realidade insofismável. A TAP NÃO TEM QUALQUER RAZÃO PARA EXISTIR. O país não tem condições para a sustentar. Ponto.
Passaram dezenas de ministros sem que tivesse havido um só, com tomates para, pura e simplesmente dizer, basta.
Os portugueses sempre se deslocaram antes da existência de tal gargalhada empresarial. Não será por falta dela que deixarão de o fazer.