quarta-feira, 20 de maio de 2009

O mundo tal como o conhecemos

Tudo caminha alegremente em direcção à implosão total.
Vejam-se apenas três respigos por entre as centenas que poderiam ser citados.
Não referi directamente nenhum evento indígena porque, na realidade, já não vale sequer a pena perder tempo. É demasiado rasteiro. Até nisso somos irrelevantes. Esteja quem estiver, venha quem vier, o resultado será invariavélmente o mesmo. O clientelismo rastejante, a bufaria inconsequente, porque cobarde - o caso de Marinho Pinto é apenas isso - nada de substâncialmente importante vai mudar. É a velha história do "tira-te de lá tu para me lá pôr eu"!!
O mundo, tal como o conhecemos, tem os dias contados. E ainda bem!
A que mundo se pode aspirar quando se olha em redor e se vê, um Brown, um Zapatero, um Sarkozy, um Berlusconi, um Barroso, um Obama, um Chavez e um não acabar do pior que a humanidade produziu nas últimas décadas. Ter a idade que tenho, proporciona, pelo menos, algo a um tempo não despiciendo e assustador. Consigo ter um termo de comparação. Coisa que não acontece com uma boa parte dos "comentedores políticos", seja na imprensa, seja na blogosfera. É o lado negro da primazia que se deu à juventude e à inexperiência. Em todos os aspectos da vida.
O mundo está a assemelhar-se assustadoramente a Inglaterra na primeira metade dos anos 70, quando por lá andei. Onde se morria de fome. E escusam de franzir o sobrolho porque eu vi. Eu estava lá. Heath dirigia o país como se estivesse diante da sua orquestra. Wilson deixava-se dominar pela sua irritante propensão para o populismo barato, dando mão livre aos sindicatos. O resultado só podia ser o que foi. O completo colapso da estrutura industrial do país e o consequente desemprego a atingir níveis nunca vistos por aquelas paragens. Só "endireitou" porque surgiu, na altura própria, uma mão de ferro. Hoje tenho dúvidas que se possam resolver os problemas de uma forma tão "soft", apesar de tudo!
As metástases do cancro são de tal monta que, se ainda houver possibilidade de salvação, só uma violentíssima terapia de choque pode ter algum sucesso.
Já escancararam as portas àquilo que mais execram. É apenas a continuação da história da humanidade.
Venha ela.