Shit happens!

Há momentos em que ainda consigo ficar surpreendido.

Ontem, no noticiário da 2, convidaram António Vaz Carneiro para comentar o "fim de pandemia" da gripe A.

Declaração de interesses. AVC, como é conhecido entre todos, foi o médico que tratou de mim - com todo o desvelo e carinho! - enquanto estive atirado para uns cuidados intensivos, aquando de um enfarte, nos idos de '95. E de quem fiquei amigo. E a quem fiz a "cabeça em água", junto com o Prof. Orlando de Carvalho, em episódio que já contei por aí.
AVC é aquilo a que se chama um "medicão". Só aceita contradita, se estiver bem escorada em argumentação científica. E, se calhar, tem razão.

Quem o conhece, portanto, teve ontem de soltar uma sonora gargalhada. Adivinhava-se-lhe o estômago às voltas, quando teve de afirmar - alto e bom som! - que a OMS tinha preterido a dimensão ético-científica em favor do frete político.

É líquido para qualquer mortal, cujas leituras vão um pouco além da imprensa e de romances de cordel, que qualquer organização "pendurada" na ONU tem, essencialmente, uma agenda política a cumprir. Independentemente de quem a chefia. Tanto lhes faz que seja português, turco, moçambicano ou guatemalteco! A agenda é para cumprir, ponto.

É normalmente vasta e densa. Tal como vastos e densos são os interesses que a "montam".

Sentia-se, desde o princípio, que algo tinha falhado neste cometimento. Também acontece. Especialmente quando surgem, do nada, criaturas que sabem usar as mesmas "armas" que eles e lhes desmontam a coisa!

Que me lembre, foi a primeira vez que alguém os combateu no seu próprio coreto. Usando argumentos científicos insofismáveis.

Passem ao plano seguinte que este já deu o que tinha a dar!

Rendeu seguramente aquilo que tinham previsto.

Os armazéns das farmacêuticas estão vazios. Os governantes do mundo inteiro, têm muita vacina para irem bebendo como aperitivo.

Cheers.