domingo, 28 de fevereiro de 2010

Aníbal António e o solstício de Verão.


Dando de barato a redacção do português, Amado está a confundir "países" com Países.
Não imagino como se aplicaria, neste caso, o princípio da reciprocidade que deve pautar as relações bilaterais. Perguntar-me-ão porquê? Eu explico.
Todos os anos em Setembro tem lugar uma festa muito especial que, se a memória não me falha, se chama "Festa das Virgens" que coincide com o aniversário de Mswati III. Este jovem (uma simpatia de rapaz, valha a verdade!), rei do lugar, acha que uma mulher é tolerável, como máximo, um ano. Nesse particular, se calhar...tendo a concordar com ele! Vai daí, envia os acólitos em périplo por todo o "reino", para recolherem e lhe porem diante da cara, 50 virgens (médicamente confirmadas), que a sua mãe - ela própria, produto de uma dessas incursões - se encarrega de escrutinar cuidadosamente.
A sortuda, terá direito a 365 noites de leito real e a um filho. Caso não engravide, é "defenestrada" e devolvida à tribo, na hora! 
Imagine-se Aníbal António nestes preparos!
Sinceramente, não vejo como reciprocar. Nem mesmo no plano gastronómico. Nenhum restaurante em Portugal poderá ombrear com o Calabash de Ezulwini.
Já que andas por aí, deixa-te de fantasias e vai mas é comer um lombinho de "baby-calf". A que chamam "Filet de Boeuf à la Bouquetier", uma perdição para qualquer mastigante. Apascenta o ágape com um "Groote Post Cabernet Sauvignon" e compreenderás a razão que me levava a fazer 400Km, quase todos os sábados durante dois anos, apenas para almoçar.