segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

As recidivas socialistas.

Reavivemos a memória aos mais esquecidos!
E ponhamos os rebarbativos júniores - que enxameiam as assessorias governamentais, as redacções dos jornais e a blogaria a soldo - em contacto directo com a realidade. Aquela que não conheceram (nem podiam ter conhecido, porque ainda bolçavam nos respectivos babetes e este tipo de lixo tende a ser varrido para debaixo dos tapetes!) e que leva Soares, Almeida Santos e Alegre a estarem tão calados. Ou quando falam, a ficarem-se pelas banalidades.
Tudo isto se reporta aos finais dos 70's e aos editoriais de MMM, no semanário A Rua, de gratíssima memória.
O partido socialista, fala de cátedra, nestas matérias.

[...]
No plano puramente político, a questão põe-se de modo diverso. Eu devo minimizar o meu adversário político no estreito limite da Moral e do Direito. Se acho que ele é, politicamente, nocivo, devo fazer todo o necessário para o destruir. Estão em jogo os superiores interesses da Nação. Se o homem é parvo - devo escrever que é parvo; se é ladrão - devo afirmá-lo em voz alta; se é mentiroso relapso e contumaz ou actua como uma ratazana - não devo hesitar. A minha obrigação como seu adversário político é minimizá-lo perante a opinião pública o mais possível de forma a arrebatar-lhe o Poder, substituindo-o aí por quem considero mais apto moral e politicamente. É isto, objectivamente, a Democracia.


As alterações ao Código de Processo Penal que permitiram esta prisão e restringiram abundantemente as minhas possibilidades de defesa foram congeminadas e maquinadas pelo ex-Ministro da Justiça Almeida Santos, com a cumplicidade do ex-Primeiro-Ministro sr. Mário Soares e do ex-Secretário de Estado da Comunicação Social sr, Manuel Alegre, para defender o Partido Socialista então no Governo. Foram leis decretadas em proveito dos legiferantes para proteger interesses partidários e com o objectivo explícito de silenciar quem os acusava de corrupção, nepotismo, estupidez e ineficácia. Foram leis escritas para me meter na cadeia a mim, à Vera Lagoa, ao Silva Nobre, à Fernanda Leitão, ao Manuel de Portugal, ao Carlos Viveiros, a todos quantos, diante da hecatombe estatal, não estavam, nem estão dispostos a assistir passivos ao trágico espectáculo. Eu, desta minha cela 324, recluso nº 257 da Cadeia Central de Lisboa, acuso solenemente aqueles três gandulos (um pulha, dois pulhas, três pulhas!) de terem utilizado o Poder Legislativo que o povo lhes deu, em função (apenas!) dos seus interesses sectários, de maneira a poderem usar criminosa e impunemente em proveito próprio o aparelho de Estado.
Manuel Maria Múrias, recluso nº257 da Cadeia Central de Lisboa.

Nota: Os bolds são da minha lavra, por supuesto!