quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tão inteligentes que nós "sêmos"!...

Há dias, espreitei uma pastosidade em forma de livro que uma filha minha "passeava", com aquela curiosidade própria dos sobrantes do época do livro único.
Ainda não tinha molhado o dedo três vezes e tropeço nesta bolçadela pós-moderna:

"Fernando Pessoa ortónimo, considera que o acto criativo só é possível pela conciliação das oposições entre realidades objectivas (físicas ou psiquicas) e realidades mentalmente construídas (artísticas, incluindo as literárias). Daí a necessidade de intelectualizar o que sente ou pensa, reelaborando essa realidade, graças à imaginação criadora".
Vasco Moreira/Hilário Pimenta

Se não perceberam, não desesperem. Eu também não e não tenho a menor intenção de perceber!
Ocorreu-me que, algures, lá atràs no tempo, tinha tido uma reacção parecida, num contexto "sociológicamente" diferente!
Aquelas duas bestas, autores da bosta e que integram a legião de avençados do actual livro escolar, certamente que também não perceberam. Ou melhor, "perceberam" um cheque, no final daquela diarreia! E "assinado" por mim, coisa que me irrita sobremaneira!

Não haverá ninguém por aí, que utilize um pau de marmeleiro naquilo que em que ele, deve ser, realmente, utilizado?

Por muito que lhes desagrade, Fernando Pessoa, ele próprio, considerou-se sempre, um heterónimo. Execrava a posição do ortónimo. O mínimo exigível, é respeito pelo ponto de vista do autor.
Mas não vale a pena perder tempo. O mal já está feito.
Pobre de um país que faz da escola um pardieiro!