terça-feira, 20 de julho de 2010

Coisas deste mundo.



135 - empresários - 135, nada menos, transumaram-se para Luanda durante uns dias à garupa de Aníbal António.
A primeira e única coisa que me salta à vista, é que 135 empresários, embuídos do mais puro génio português, concluem, alegremente e sem se rirem, ter condições para abandonar a normal gestão das suas fabriquetas durante um ror de dias. O que, por si só, diz muito mais do que parece, acerca da "qualidade" dos ditos empresários.

Nada mudou nestes últimos 25 anos. Continuam a cometer os mesmos erros. Perdi o conto ao número de "delegações empresariais" - sim, delegações, porque o empresário português nunca se desloca sem o seu séquito privado - que vi desembarcar no Presidente em Luanda ou no Polana em Maputo e que, um ano e 500.000 dólares depois, se queixavam amargamente de não terem conseguido passar da secretária de um qualquer director-geral de um ministério avulso.
Ouvia-os e sorria...

Porque é o que geralmente acontece àqueles que se recusam a perceber o conceito básico de "tempo empresarial". Mesmo sabendo que havia gente que, por 5 a 10% daquele valor, os poria a assinar os contractos, com quem tinham de ser assinados, em menos de dois meses! Por vezes, até nem isso...
Mas, era escusado. Tempo, foi algo que nunca aprenderam a contabilizar. E como pesa, nas contas de uma empresa!
Quanto ao resto, é mais do mesmo.
Vamos pagar, claro que vamos pagar! Vamos reescalonar e pagar. Algo que tem o condão de me suscitar, apenas, um mero bocejo de fastio. Bem podem esperar. Sentados, de preferência!

O verdadeiro sumo da pedinchice mútua ficou, para já, no tinteiro.
Mas não levará muito tempo a ver a luz do dia! É tão certo como dois mais dois serem quatro!