quinta-feira, 13 de setembro de 2018

O arquitecto-supremo do universo (camarário).

Nunca vi este mamarracho "ao vivo", porque há muito não passo na Fontes Pereira de Melo. Ou, se passei, nem reparei nele. Fixei sim que o assunto mete aldrabadas contínuas e continuadas, envolvendo os suspeitos do costume: gabinete de urbanismo da câmara, os defuntados espírito santos e todos os que mais adiante se vier a saber. E, como não, o proprietário do terreno, a "arder". Ou a ter-se deixado arder, porque apenas a cupidez (por muito teso que se esteja), "transforma" um espaço daquela dimensão e naquela localização, nuns miseráveis e deprimentes 15 milhões de euros, que se estiolam numa semana. Só por isso, e pela parte que me toca, o lamento que eventualmente pudesse alimentar pelo proprietário, fica reduzido a um monte de cinzas. Mas fiquem tranquilos que outros, a seu tempo, se concretizarão. O caixote previsto para o Largo do Rato,  bastamente (e bem) contestado pelos moradores da zona e, apenas a título de exemplo, uma historieta que regressa à tona e da qual, há uma dúzia de anos não ouvia falar. Um volumoso "por edificar" previsto para sob o miradouro da Senhora do Monte, a 30 metros do lugar onde estaciona a minha velha carcaça. Fazendo fé em quem, então, viu uma espécie de pré-projecto, mais de 1/3 da vista que se tem a partir do referido miradouro, para o lado do Tejo, ficará obnubilada. Fiquei igualmente a saber que, naquele então e dada a reacção desencadeada aqui pela vizinhança, faltaram-lhes os tomates para darem continuidade ao projecto. Coisa que não aconteceu aquando das obras, chamadas de requalificação, na zona da Graça. Quiseram fazer um "bonito" com um funicular, entre a Madragoa e o miradouro da Igreja. O arquitecto responsável ter-se-á enganado nas contas e pôs a coisa a arrastar as camas de uma quantidade de criaturas, encosta acima. Resultado, tudo parado e um horroroso tapume em quadrado, plantado no meio do miradouro há bem mais de um ano. O lugar de onde seria regurgitado o turistame que quisesse ter uma experiência muito "typical". Tá tudo certo. 
Limito-me a constatar que os delírios socialistas (na circunstância liderados pelo arquitecto-supremo do universo [camarário]), ostentando belos e preclaros tiques ceaucesqueanos, continuam a bom ritmo.
Para criminosos de delito comum, nem a condição de votantes compulsivos lhes falta.
A eles e a quem os vota.