terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Qual é a surpresa?

Um amigo  fez-me chegar, via email, mais esta manifestação de superior portuguesismo.
Ainda haverá por aí quem se surprenda? E o mais espantoso é não ser caso isolado! Venham eles se com isso se resolvem os problemas dos que tiveram a desdita de nascer "tugas"!

Porque é que existem listas de espera?
Em 6 dias operou tanto como 5 médicos num ano e por metade do preço
cobrado na privada.


Em seis dias, um oftalmologista espanhol realizou 234 cirurgias a doentes
com cataratas no Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, num
processo que está a "indignar" a Ordem dos Médicos. Os preços praticados
são altamente concorrenciais, tendo sido esta a solução encontrada pelo
hospital para combater a lista de espera. O paciente mais antigo já
aguardava desde Janeiro de 2007, tendo ultrapassado o prazo limite de
espera de uma cirurgia. No ano passado chegaram a existir 616 novas
propostas cirúrgicas em espera naquela unidade de saúde. Os sete
especialistas do serviço realizaram apenas 359 operações em 2007 (cerca de
50 por médico num ano). No final do ano passado, a lista de espera era de
384, e foi entretanto reduzida a 50 com a intervenção do médico espanhol.


A passagem pelo Barreiro durante o mês de Março - onde garante regressar
nos próximos dois anos, embora o hospital não confirme - foi a segunda
experiência em Portugal do oftalmologista José Antonio Lillo Bravo,
detentor de duas clínicas na Extremadura espanhola - em Dom Benito
(Badajoz) e Mérida. Entre 2000 e 2003 já havia realizado 1500 operações no
Hospital de Santa Luzia, em Elvas, indiferente às "críticas" de que diz
ter sido alvo dos colegas portugueses."Eu percebo a preocupação deles e
sei porque há listas de espera tão grandes em Portugal. É que por cada
operação no privado cobram cerca de dois mil euros", diz ao DN o
oftalmologista espanhol, inscrito na Ordem dos Médicos portuguesa, que
cobrou 900 euros por cada operação realizada no Barreiro.


As 234 cirurgias realizadas no Barreiro, por um total de 210 mil euros,
foi o limite possível sem haver necessidadee de abrir concurso público
internacional, sendo que o médico fez deslocar a sua equipa e ainda o
microscópio e o facoemulsificador. O hospital disponibilizou somente um
enfermeiro para prestar apoio.