Por que raio me havia de lembrar, logo hoje, de uma fantástica localidade que dá pelo nome de Mevagissey, um dos mais bonitos lugares da minha adorada, agreste e saudosa Cornualha. Onde a forma e o contraste luminoso das nuvens, desafia a imaginação mais descabelada! Onde sentimos que somos nós que passamos pela vida. Onde o inverso é proibido. O lugar exacto em que tomei a decisão de, no dia seguinte, voar para o norte da Índia. Era Janeiro, estava um sol radioso e um frio de rachar pedra. Era também 1974. E, já então, a vida corria atrás de mim! O drama, é que nunca consegui (ou quis) esperar por ela.
Ficou-me "gravado a fogo" um tema, então relativamente recente, que saía de um qualquer pick up nas redondezas. Alguém que dava asas a uma dolorosa mágoa. Alguém que, por certo, não experimentava a deliciosa sensação de correr à frente da vida.
Rezava assim: