Esta noite, enquanto regressava a Lisboa e numa pausa entre dois sonos, veio-me à memória um já longevo livro de Zbigniew Brzezinsky - Between Two Ages - America's role in the Technetronic Era - que, a páginas tantas, reza assim:
"...the nation-state as a fundamental unit of man's organized life, has ceased to be the principal creative force: international banks and multinational corporations are acting and planning in terms, that are far in advance of the political concepts of the nation-state".
Muito apropriado, tendo em vista aquilo em que acabara de participar.
A fazer fé na edição "paperback" que possuo, foi publicado em 1971.
Brzezinsky ficou conhecido do grande público, como National Security Advisor, durante a presidência de Jimmy Carter.
Mas isso é o que não interessa. Para quem tem o hábito de colocar o "ponto de observação" um pouco para além do plano da mera "esgrima política", sabe que ele representa muitíssimo mais do que isso.
E que, pelo menos há quarenta anos, já sinalizava aquilo a que temos vindo a assistir, desde a "débacle" latino americana dos anos 80.
Tudo bem às claras. Ninguém tem o direito de se queixar.
Nunca como hoje, o velho adágio inglês que encima este escrevinhanço, foi tão acutilante.